Devaneios


Não sei como começar a escrever, confesso que estou envergonha de novamente vir até aqui e dizer sobre o meu sentimento justamente por você.

Para falar a verdade não existe sentimento (pelo menos é o que eu tento me convencer) pra ser sincera não sei muito bem o que é. É tudo tão esquisito, tão confuso, que não dar para entender.

É meio estranho te olhar sabendo de todo sofrimento que passei e mesmo assim sentir algo. É diferente do que antes, nunca vai ser a mesma coisa, mas ainda sinto aqui dentro. È um turbilhão, uma confusão, um abalo. Eu confesso que logo antes de sentir essa dorzinha vem logo aquela compulsão de imediatamente quebrar qualquer sentimento, destruir antes que cresça.

É uma coisa apertada aqui no meu peito, não sei exatamente o que é. Uma falta de alguém talvez, uma necessidade de ser amada e amar também, assim de corpo e alma sem medo das consequências, sentir a falta de alguém e alguém sentir a minha. De ter encontros encantados e beijos apaixonados, mas aí já estou entrando em outra história, talvez confundindo essa vontade com esse sentimento maluco e grotesco que tenho por você.

Já estou me perdendo e não dizendo aquilo que queria dizer, confundindo desejos com sentimento que não devo ter, mas o que dá para entender nessa história toda é que eu gosto de você, não daquela maneira intensa, de um jeito mais calmo, mas gosto. Até que esse sentimento fique sadio, limpo e claro. Sem rancor, sem tristeza, só um sentimento de que poderia ser diferente, mas não foi.

"O pior não é quando o coração se tranca, pior é quando você não sabe onde está a chave… se está com alguém, perdida ou sendo feita.”
Caio Fernando

♪ Crazy for you - Adele

Nada de desespero...


                                                                  Imagem reprodução

Tudo tem seu tempo e sua hora vai chegar.
Não vou enlouquecer, prometo que não!
Não agora, onde tudo se caminha tão mais próximo e mais confiante.
Falta tão pouco, sabe aquela? Só mais um pouquinho, então.
Num piscar de olhos vou estar sempre onde quis.
Claro que o caminho nunca é fácil, mas no meu vocabulário não existe e nunca vai existir a palavra desistência.
Quando chegar lá, quero lembrar-me de todas as coisas, cada luta, cada batalha, cada desafio e cada derrota que me fez fortalecer cada vez mais.
Principalmente das pessoas que estiveram ao meu lado e daquelas que simplesmente me ignoraram, que não depositou nem uma gota de confiança.
Quero me lembrar daquelas que me ajudaram de alguma, que me deu apoio quando precisei.
A palavra precisar é tão preciosa, você necessita de alguém, quando você menos espera a pessoa carece de você, isso é fantástico.
Gosto muito daquela frase: O mundo da voltas. Eu sei disso, eu confio muito nisso.
Quero olhar para trás e ver que tudo valeu à pena.
Meu Deus, quanta coisa me abdiquei por isso? Longe de mim, reclamar. A escolha foi minha.
Sou a única autora da minha vida e nela existem protagonistas e figurantes, cada um em sua perfeita função.
Continuo a escrever minha vida e não quero parar tão cedo.
Vou caminhando pela vida, sonhando acordada, com os pés sempre no chão. Um passo de cada vez.
Sem pressa e sem demora. Do jeito que a vida precisa ser.
Primeiro o amargo, depois o doce